quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Dando pala na Lapa

Ao aniversário de CEP 20.000

Sexta-feira salto alto
Meia calça no asfalto
Passo a passo sigo o alvo
No compasso que me traço

Pressa tanta faz a prece
Toda ânsia que merece
Sai da frente no sentido
Toda gente converge comigo

O Catete atravesso
É a Glória mas não é a Lapa
Onde começa a Lapa?

É quando bate-papo?
Bate perna no boteco
De olho numa ponta
Alguém arrisca um teco

Acho que ando dando
Pala na Lapa
Acho que ando dando pa lá
Dando pala na Lapa
Dando pa lá.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Orfeu é meu



Orfeu é meu
Ao som de jazz se fode mais

Espera que se atira da janela
Ao berros de gaitas que miam na Lapa
Nada flauta
Tudo se completa nela
E não há droga que imite o grito dessa hora
Nem lisérgico que se compare à vertigem do que vejo

Vejo
Que você não suporta o paraíso
Anda atrás do seu contato noutra boca
Tanta vontade pouca, fraco!
Queria ver gritar da minha janela
Eu te desafio: fica, grita, erra!
Só confio em gente que berra

Vai de subversão convencional
Reclamando que a fila do inferno anda devagar
Pois trago notícias de lá:
Eles também tem céu
Igual ao da boca
Mas os ingressos estão esgotados
Ainda aceitam sangue
Mas tem que ser de si
E essa nota você não toca
Faltou cuidado com a gaita e com tudo que importa

Agora,
Os deuses da festa festejam as feridas
Agulhas agudas tecem o fim
O solo do sim no fundo de mim
Ao som de jazz me leva aos céus
Enquanto você sobe o morro em busca de Deus

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